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Alcymar Monteiro - Discografia e História

Antônio Alcymar Monteiro dos Santos (Aurora, 13 de fevereiro de 1950) é um Cantor, Arranjador e Compositor Brasileiro de Forró, Baião, Arrasta-pé, Xote, Vaquejada, Romântico, Maracatu, MPB e Frevo.

É considerado um dos grandes intérpretes da música nordestina, mais especificamente do Forró tradicional, sendo conhecido como o Rei do Forró.

Começo da Carreira

O cantor e compositor Alcymar Monteiro nasceu no distrito de Ingazeiras, em Aurora, no Ceará, e se mudou para Juazeiro do Norte, onde passou sua infância. Neto de violeiro, sobrinho de sanfoneiro e começou a cantar aos cinco anos. Filho de Artur Monteiro dos Santos e Maria Fernandes dos Santos. Estudou música no Conservatório Alberto Nepomuceno, em Fortaleza. Porém foi em Recife, no começo da década de 70 onde conseguiu uma oportunidade pessoal e artística morando na casa do cantor Reginaldo Rossi, conseguindo dar o primeiro passo na carreira. Com apoio de artistas da época Alcymar conseguiu se destacar no cenário musical, fazendo parcerias em musicas, composições e produções.

Pesquisador dos ritmos nordestinos, Alcymar faz um trabalho versátil sem perder o foco na autêntica música nordestina. Em mais de quatro décadas de carreira já teve suas músicas gravadas por grandes nomes da MPB como Zé Ramalho, Alceu Valença e Fagner. Já fez duetos com Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Elba Ramalho, Marinês, Tânia Alves, Genival Lacerda entre outros.

Em 1975 decidiu fazer as malas e tentar ganhar a vida em São Paulo. A sua fama nacional veio anos após, com os álbuns “Forroteria” em 1986 – em que teve a honra de gravar com Luiz Gonzaga e Marinês – “Portas e Janelas” em 1987 e “Rosa dos Ventos” em 1989. Nesse período, fez parte do elenco de estrelas de três grandes gravadoras: RGE, Continental e Warner.

Assim como os seus contemporâneos Oswaldinho, Flávio José, Assisão, Jorge de Altinho e outros, Alcymar Monteiro é um artista que agregou novos elementos ao forró. As mudanças ocorreram na instrumentação (acrescentou percussões, metais, novos vocais, etc.), na forma musical (adição de vocalizações, coro com vozes do próprio cantor), nos arranjos (ampla diversificação instrumental em vários discos e shows), no figurino (estabelece a cor branca como base do seu figurino, em contraponto às tonalidades do couro estabelecida por Luiz Gonzaga), na interpretação, nos ritmos, na performance e nas temáticas das letras (busca uma leitura mais abrangente do Nordeste, não se reportando apenas ao Sertão, mas estendendo-se às manifestações culturais de diversos estados nordestinos).

A voz de Alcymar Monteiro entoou composições de nomes como Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira, Zé Dantas, Milton Nascimento, Paulo Vanzoline, Jobert Carvalho, Raul Seixas, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Fagner, Lupicínio Rodrigues, Fausto Nilo, Catulo da Paixão Cearense, Petrúcio Amorim, Maciel Melo e João Paulo Jr.

João Paulo Jr. é seu irmão e parceiro mais longevo em autorias de musicas de sua carreira.

Carreira Internacional

Em 2001, apresentou-se no Festival de Montreaux, na Suíça, Festival Latino Americana em Milão na Itália, em Imst na Áustria, Laussane e Zurich na Suíça e na Côted’azur na França. Também cantou no Festival da Colheita, na Bélgica, e nas cidades francesas de Nice, Saint Tropez, Lyon e Paris.

Prêmios e Troféus

Alcymar Monteiro foi duas vezes indicado ao Prêmio Sharp de música com o CD – “Vaquejadas Brasileiras Vol.1”.

Em 2001, este trabalho foi lançado na Europa, através da gravadora francesa, Melody. Foi o primeiro disco de Alcymar lançado fora do Brasil.

Em 2005, também teve indicação ao Prêmio TIM em três categorias: melhor disco, melhor música e melhor cantor, todas pelo álbum – “Meu Forró é meu Canto”.

Em 2007 foi indicado ao Grammy Latino com o álbum – “Forró Brasileño”, disco no gênero Forró, cantando em espanhol, no que fez com que o artista tivesse uma maior abrangência e prestígio internacional.

No final de 2016 recebeu de Michel Temer e do Ministro da Cultura Marcelo Calero a medalha OMC (Ordem do Mérito Cultural), na categoria Comendador.

Em julho de 2017 recebeu o Troféu Melhores do São João através do Portal São João na Bahia e Jornal Correio, vencendo em duas categorias: Melhor Forrozeiro do São João e Melhor Show do São João 2017.

Vaquejada

No entanto, Alcymar Monteiro não se restringe à música; ele tem sido também um corajoso ativista político no mercado nordestino. Tudo começou nos anos 1990, quando Alcymar tornara-se o que podemos chamar de porta-voz das vaquejadas que despontavam como uma das mais populares manifestações em todo o Nordeste e em outras regiões do Brasil.

Polêmicas

Forró Tradicional x Forró Eletrônico

Após ter fornecido músicas para o primeiro disco da banda Mastruz com Leite, Alcymar Monteiro afirma ter percebido que caiu numa cilada. A SomZoom, empresa do cearense Emanuel Gurgel, proprietário da Mastruz com Leite e de várias outras bandas, passou a dominar, monopolizar e até a cartelizar o mercado da música nordestina, inclusive os circuitos de vaquejada, eventos nos quais Alcymar Monteiro figurava como principal atração.

A banda Mastruz com Leite e, logo em seguida, a SomZoom surgiram no início da década de 1990, num momento em que o forró estava órfão de Luiz Gonzaga (falecido em 1989). O forró passava por um difícil momento no mercado brasileiro, mas mantinha uma multiplicidade sonora construída em décadas anteriores. Aproveitando a oportunidade, a SomZoom de Emanuel Gurgel acumulou um aparato industrial que, além das bandas de baile voltadas para o forró, reuniu: estúdio de gravação, cadeia de rádio com produção centralizada de conteúdo e transmissão via satélite, selo (gravadora), fábrica de amplificadores, casas de shows e – segundo muitos artistas lesados – a ilicitude que, infelizmente, já é “endêmica” no meio empresarial brasileiro. Com esse arsenal, Emanuel Gurgel estabeleceu uma enorme reserva de mercado, de modo que os diversos artistas nordestinos se sentiram lesados e espoliados, incluindo os compositores que não recebiam os devidos royalties e aqueles que recebiam inadequadamente.

Em 2 de abril de 1992, o Jornal O Povo (Fortaleza - CE) publicou uma matéria intitulada "Artistas cearenses denunciam pirataria", na qual mais de dez artistas daquela cidade se manifestaram e acusaram Emanuel Gurgel de ter cometido vários atos ilícitos. Mas até então, os reclamos não repercutiam muito.

A homogeneização musical colocada em curso pela SomZoom e por outras empresas que surgiram no seu encalço prejudicou incisivamente a diversidade musical que o forró vinha configurando. Foi nessa conjuntura que Alcymar Monteiro lançou a sua primeira carta aberta contra as chamada bandas de forró eletrônico, então lideradas pela Mastruz com Leite, as quais produzem o que Alcymar considera "um forró lambadeado, mal tocado, mal cantado, que não vale um tostão furado".[2] Indo além da desmensurada exploração do mercado de música e a espoliação dos artistas e músicos em geral, as bandas de forró também foram acusadas de produzirem letras de “baixo calão” e de terem "desfigurado" o forró cultural e musicalmente. Os discos e shows das bandas seguiam fórmulas cada vez mais homogêneas, em detrimento da heterogeneidade sonora de artistas que primam por uma peculiaridade autoral, a exemplo de Alcymar Monteiro.

A reação contundente de Alcymar Monteiro ecoou fortemente na mídia, no mercado e na cadeia significativa da música nordestina, alcançando também as páginas de revistas de circulação nacional. Vários jornalistas, intelectuais, e artistas, como Dominguinhos (reconhecido como principal seguidor de Luiz Gonzaga), passaram a questionar as bandas de forró e a instalar uma discussão no contexto forrozeiro. Mais tarde, surgiriam várias associações em defesa do forró tradicional e de espaços para essa música.

Desse modo, Alcymar Monteiro é um dos pioneiros que envidaram um questionamento às bandas de forró e que fizeram emergir posteriormente a bipolarização ‘forró tradicional (ou forró pé-de-serra) versus forró eletrônico’.[3] Sua voz contra as bandas e em defesa da música tradicional nordestina costuma ser corajosamente impetrada nos palcos de muitos eventos dos quais ele participa. E a sua coragem não se esgota na luta contra as bandas de forró.

Cachê Atrasado

Em fins de 2015, Alcymar Monteiro publicou uma carta aberta “À comunidade artística de Pernambuco”, dirigindo-se diretamente ao Governador de Pernambuco,[4] a quem responsabiliza pelos “descasos” com os artistas pernambucanos. A carta[5] foi motivada pelo fato de que o Governo do Estado tem atrasado em mais de 6 meses o pagamento dos cachês do próprio Alcymar e de muitos dos artistas locais (alguns artistas não recebem há anos). Por outro lado, como Alcymar assevera, os artistas de outros estados (principalmente os da região Sudeste, que são considerados “nacionais”) recebem um tratamento diferenciado por parte do Governo de Pernambuco, ou seja, recebem os seus cachês antecipadamente ou logo após as suas apresentações. Essa última carta aberta repercutiu em jornais pernambucanos, nas rádios e nas redes sociais.[6] Alcymar tornou-se um porta-voz de muitos artistas que são subjugados pelo "descaso" dos governantes pernambucanos mas não se sentem encorajados a denunciar por receio de retaliação. Alcymar Monteiro é um artista cuja performance extrapola a transformação política provocada pela arte e alcança a transformação artística levada a cabo pela agência política.

São João

Em 2016 o forrozeiro Alcymar Monteiro se manifestou varías vezes sobre o seu afastamento do festival de São João de Caruaru. O cantor afirmou que estava de fora da festa pelo terceiro ano consecutivo que ele não integrará a grade da festa junina do Agreste pernambucano, considerada uma das maiores do Brasil. "é injusto reconfigurar o São João da Capital do Forró. Tirem a estatua de Luiz Gonzaga do parque de eventos,  porque lá não, não é lugar para festival de horrores, e sim um festival autêntico, com direito a milho, canjica, pamonha… E tudo que se refere ao verdadeiro São João: zabumba, triângulo e sanfona”, ” O que estão fazendo com o são joão é terrível”, disse ele .

No ano de 2017 Alcymar voltou a ser alvo de polêmicas envolvendo as festas de São João. A cantora Marilia Mendonça se pronunciou em um show rebatendo a uma crítica da cantora Elba Ramalho sobre a invasão dos sertanejos em redutos tradicionais do forró, como Campina Grande e Caruaru dizendo: "vai ter sertanejo no São João, sim!". Em confronto um áudio, postado em um grupo fechado a cantores de forró no Whatsapp e depois vazado na internet, Alcymar Monteiro diz ; “Essa senhora não tem autoridade para falar nada. Como é que ela vem falar que aqui é lugar de sertanejo? Isso é um ‘breganejo’ horroroso para cachaceiro, para quem não tem identidade. Quem tá falando é Alcymar Monteiro”, diz o cantor no áudio. “Dona Marília Mendonça, você é lá de Goiás. Vá cantar lá no seu Goiás. Não vem encher o saco da gente aqui, não, entendeu? (…) Você vem lá de Goiás invadir nossa praia. Agora vê se a gente canta lá no teu Goiás. Vocês não deixam!”.

Discografia

1980 - Nossas Vidas, Nossa Flores (MPB) - Continental


1984 - Ave de Arribação - RGE

1985 - Música Popular Nordestina

1986 - Forroteria

1987 - Portas e Janelas

1987 - Rosa dos Ventos

1989 - Pirilampos

1990 - Forró Brasileiro

1991 - O Rei do Forró

1992 - Cantigas e Cantorias

1993 - Forró Nosso de Cada Dia

1994 - Nordestinidade

1995 - Musica Popular Nordestina

1995 - Vaquejadas Brasileiras - 1º Circuito


 Segunda Capa do Primeiro Volume de Vaquejadas Brasileiras de 1995. Possivelmente essa capa Seria usada mas não foi utilizada devido a Tonalidade Escura da Foto ao Entardecer de um dia.

1996 - Cultura Popular

1996 - Vaquejadas Brasileiras - 2º Circuito

1997 - 25 Anos

1997 - Nordestino

1997 - Vaquejadas Brasileiras - 3º Circuito

1998 - Forró e Vaquejada, vol. 1

1998 - Eterno Moleque

1998 - Ao Vivo, vol. 1

1999 - Festa Brasileira

2000 - Toques e Batuques

2000 - Os Grandes Sucessos da Vaquejada

2000 - Imaginário Popular

2001 - O Maior Forró do Mundo

2001 - Ao Vivo, vol. 2

2002 - Levanta Poeira

2003 - Forró de Todos Nós

2003 - Carnaval Multicultural

2004 - Aboios e Vaqueiros

2005 - Frevação, vol. 1

2005 - Meu Forró é Meu Canto

2006 - Frevação, vol. 2

2006 - O Verdadeiro Forró

2007 - Frevação, vol. 3

2007 - Cultura Brasileira (Ao Vivo) [CD/DVD]

2007 - Forró Brasileño

2007 - Festrilhas, vol. 1

2008 - Frevação, vol. 4

2008 - Como Antigamente, vol. 1

2009 - Cantorias Brasileiras

2010 - Tradição e Tradução (Ao Vivo) [CD/DVD]


2010 - Vaquejadas e Cavalgadas Inesquecíveis

2011 - Forró De Amor e Paz

2013 - Vozes do Frevo (Ao Vivo) [CD/DVD]

2014 - A Bandeira do Forró

2015 - Forró Bonito

2016 - Forró Vivo

2017 - A Voz do Povo

2017 - São João Especial

2018 - Verdadeira Vaquejada

2018 - São João de Todos

2018 - Feliz da Vida

2019 - Sinfonia

2020 - Carnaval de Rua (Frevo)

2020 - Fogueiras e Paixôes

Aos Poucos Iremos Atualizando esse Post com os Links e Capas dos CDs Conforme formos Localizando tais materiais.

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